Se conectar à Internet nunca é um gesto discreto. Nesta era de video-vigilância e de selecção de ficheiros administrativos, o Web não foge à regra. Toda a conexão deixa traços sistematicamente. As cookies fazem parte dessa espionagem desastrosa. Esses pequenos arquivos inseridos no seu micro cada vez que visita um sie Web contem informações que serão reutilizadas no momento da sua próxima conexão. Através de certos critérios astuciosos será fácil estabelecer o seu profil comercial,
político ou religioso. Os formulários de identificação que você preenche sobre alguns site são na maior parte revendidos para fins comerciais e o mesmo se passa com a sua morada de e-Mail. Existe mesmo um site, DejaNews, que edita numa longa lista todas os e-Mails que recebe e sem distinção.
Será possível acabar com este fenómeno ? Claro que podemos evitar de divulgar o nosso endereço ou outros dados pessoais. Difícil a realizar e brevemente será mesmo impossível. Intel chegou mesmo ao ponto de incluir nos Petium III um número de série, o PSN, que os servidores Web vão poder recuperar. Basta estes servidores associarem PSN e e-Mail para rapidamente saberem quem você é mesmo que você se esconda num falso endereço e-Mail.
Claro que também podemos configurar o nosso Browser de maneira que ele nos avise do carregamento de uma cookie e que nos dê a escolha de a registar ou não no disco. Mas isto não só é pouco prático como também nos impede na maior parte dos casos, de recuperar a página que queremos carregar. Existe uma possibilidade de automatizar esta tarefa graças a um programa como Cookie Cutter por exemplo. Existem também certos serviços (bem caros) como Freedom ou Anonymizer que lhe garantem o anonimato graças a sistemas de criptagem e multiroutage.
As cookies são ilegais ?
As cookies representam diante a lei uma evidente violação à vida privada com a agravante que elas se aproveitam de você para outros fins. Elas abrem ao domínio público elementos referentes à sua personalidade cujos quais só você tem direito do seu uso. Evidentemente que a maioria desses pequenos arquivos de dados não são declarados às autoridades competentes.
A gravidade vem da inclusão de todas as informações pessoais e de caracter privado e da sua utilização a outros fins num mercado aberto e sem controle.
Para agravar a situação, as cookies são copiadas no seu disco rígido, o que representa uma intrusão num sistema informático.
Pode-se então, com este sistema, determinar as estratégias das empresas também.
Moral da história: as cookies representam uma ilegalidade.
A culpa é da Internet ?
Temos que parar um pouco este diabolismo Internet. O problema é que não existe uma lei que seja aplicada e respeitada. O mundo grita à censura quando se tenta criar uma lei Internet. O problema da manipulação de arquivos, fichas, etc. Existem há já muito tempo. Internet agrava esse problema através da gigantesca multiplicação de contactos, cópias numéricas, carregamentos ou troca de dados.
Sem dúvida que, seja qual for a potência política ou outras, ninguém deve tocar nesta verdadeira liberdade que é a Internet, mas qualquer coisa terá que ser feita para impedir os mais astuciosos de estabelecer e revender dados adquiridos traiçoeiramente através do seu micro.